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partir do dia 2 de dezembro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Ecovias do Cerrado iniciarão a operação em caráter fiscalizatório das balanças de pesagem em movimento na velocidade da via (HS-WIM) instaladas no km 640 da BR-365, em Uberlândia-MG, e no km 12 da BR-364, em São Simão-GO. Com o início da operação, veículos comerciais que forem flagrados com excesso de peso estarão sujeitos à autuação e multa, conforme estipulado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Dessa forma, veículos comerciais (ônibus, micro-ônibus, caminhão, caminhão-trator, trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, reboque ou semirreboque e suas combinações) que forem flagrados com excesso de peso passam a ser fiscalizados.

Os aparelhos serão operados pela ANTT, órgão responsável pela notificação dos usuários e pela emissão das multas. A concessionária Ecovias do Cerrado, por sua vez, fica incumbida de fazer a coleta e a análise dos dados, bem como a manutenção do sistema e dos equipamentos.

As balanças utilizam a tecnologia High Speed Weigh in Motion (HS-WIM), capaz de pesar caminhões e ônibus em alta velocidade, conforme os limites da rodovia. O sistema funciona por meio de sensores instalados nas pistas, que aferem o peso da carga total e da carga por eixo, e câmeras inteligentes implementadas em pórticos, que identificam a categoria, a quantidade de eixos e as placas do veículo.

"O projeto do HS-WIM simboliza o PROREV, programa da ANTT que visa à revolução regulatória, tecnológica e comportamental. Por meio de tecnologia, pesaremos 100% dos veículos, 24h por dia, melhorando a segurança viária, a experiência do usuário, emissão de gases-estufa, enfim, inúmeros benefícios", explica o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale.

A pesagem ocorre em tempo real. O sistema detecta se há ou não sobrepeso assim que o veículo passa pelos sensores. Os motoristas que trafegam pelas BRs 364 e 365 devem respeitar os limites máximos estabelecidos na legislação, para evitar a autuação.

Caso seja detectada a infração, o motorista responsável receberá uma notificação em até 30 dias, tendo prazo de 30 dias para recorrer. Ao final desse período, ou se a defesa for rejeitada, será emitida a multa, cujos valores variam conforme a quantidade de carga excedente.

VANTAGENS

As duas balanças já receberam certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e, desde então, operam em caráter experimental.

O aparelho do km 640 foi aferido em agosto deste ano, tendo pesado 102 mil caminhões e ônibus desde então. Mais de 13,5 mil veículos foram flagrados com excesso de peso no período, o que representa 13% do total.

Além de auxiliar órgãos fiscalizadores e concessionárias no monitoramento da rodovia, o HS-WIM também beneficia profissionais e empresas de transportes. Uma fiscalização mais efetiva consegue coibir motoristas que trabalham à margem da regulação, promovendo uma competição mais justa no setor. Além disso, como não direciona o motorista a um posto físico, nem o faz reduzir bruscamente a velocidade para passar pela balança, o HS-WIM não provoca atrasos nas viagens e nos fretes.

- Como funcionam as balanças?

O HS-WIM opera por meio de sensores instalados no pavimento e câmeras posicionadas em pórticos. O veículo tem o peso da carga aferida assim que passa com os pneus sobre os sensores, sem precisar diminuir a velocidade com que trafega. Esses mesmos sensores permitem a categorização do veículo e a contagem dos eixos. Ao mesmo tempo, as câmeras inteligentes fazem o registro da placa.

- Como o motorista flagrado com excesso de carga será comunicado?

A comunicação ocorrerá nos mesmos moldes de outros tipos de infração, como a do excesso de velocidade. Caso seja detectada a infração, o responsável pelo veículo receberá uma notificação em até 30 dias emitida pela ANTT. O prazo para recorrer será de 30 dias. Ao final deste período, ou se a defesa for rejeitada, será emitida a multa, cujos valores variam conforme a quantidade de carga excedente.

- Como será feito o transbordo da carga excedentes?

Não será possível realizar o transbordo da carga no local, por não haver um pátio disponível. Porém, caberá aos profissionais e às empresas responsáveis se regularizarem durante a viagem, em local adequado. Por isso, é importante que estes motoristas respeitem os limites de peso, a fim de evitarem infrações.

Fonte: ANTT

Foto: Henrique Morais/AESCOM ANTT

No último domingo, 17 de novembro, Uruguaiana foi palco de um evento memorável que celebrou os 60 anos do Transporte Rodoviário Internacional de Cargas (TRIC). Organizado pela ABTI, o encontro não apenas relembrou o marco histórico do setor, mas também destacou a importância dessa modalidade para a integração comercial e o desenvolvimento econômico entre Brasil e Argentina.

O evento trouxe à vida um dos episódios mais simbólicos do TRIC no Cone Sul: a primeira viagem do transporte rodoviário internacional de cargas, ocorrida em 04 de novembro de 1964. Três caminhões históricos, enviados pela Cootrafrol, Cootranscau e Calibre, refizeram simbolicamente o trajeto que marcou o início dessa jornada, relembrando 1964 quando a Coral enfrentou desafios burocráticos e logísticos para transportar tijolos refratários ao interior da Argentina para atender uma emergência da siderúrgica estatal argentina Somisa.

Esse transporte foi um marco na superação de barreiras fronteiriças, consolidando o caminhão como peça-chave para a integração física e comercial da região. À época, foi necessário enfrentar a desconfiança das autoridades e comprovar o potencial do transporte rodoviário como uma alternativa eficiente ao ferroviário.

A celebração contou com o apoio de diversas transportadoras que marcaram presença: Transli, Interlink, Transrodut, Rigabras, Polivias, Simas, Multilog, Ruver, Qbox, Irmãos Schwanck, Falcão, Cootranscau, Cootrafrol, Transweide e Cabildo. A ABTI agradece o apoio de todas as transportadoras parceiras, que mesmo em um domingo e sob a previsão de chuva, deslocaram pessoal para participar do evento.

Autoridades locais e regionais também prestigiaram o evento, incluindo o assessor parlamentar do Deputado Frederico Antunes, Regis Lima, o coordenador de aprendizagem do SEST SENAT de Uruguaiana, Vinícius Casanet, e a Secretária de Assuntos Internacionais de Paso de los Libres, Betiana Fadon.

A ABTI agradece à Prefeitura de Uruguaiana e a Intendência de Paso de los Libres que foram fundamentais para o sucesso do evento, oferecendo suporte logístico e deslocando equipes para organizar o trânsito durante todo o trajeto; ao apoio das entidades de classe Calibre e SETAL; e a todas as transportadoras e parceiros que, com suas equipes, ajudaram a celebrar este marco histórico.

O evento reforçou o compromisso do setor com a integração regional e a superação de desafios. O TRIC é marcado por uma história de conquistas e também um exemplo do que a união de esforços pode alcançar.

A ABTI comemora esse marco com gratidão a todos que participaram e convida a comunidade a acompanhar as próximas iniciativas que continuarão celebrando e construindo o futuro do transporte rodoviário internacional.

Confira os registros do evento.

A ABTI reforça o pedido de apoio aos associados que operam rotas no tráfego bilateral entre o Brasil e o Peru para a compilação da documentação necessária para as operações entre os países.

A demanda surgiu porque o Peru exige que transportadores brasileiros carreguem as suas exportações (cargas de origem no Peru com destino ao Brasil) somente realizando aduana na origem ou no local aduaneiro mais próximo do local de carregamento. Porém obrigam os brasileiros a restringir o transporte internacional ao porta-a-porta e em trânsito aduaneiro.

Já no Brasil, os transportadores peruanos podem ir até a fronteira para depois ter intervenção aduaneira. Na úlitma reunião Bilateral Brasil/Peru, como a delegação nacional vê a prática como desigual, tanto a RFB quanto a ANTT expuseram o procedimento brasileiro, nomeado os documentos utilizados e questionando quais são usados no Peru e os fornecidos pelos exportadores locais.

Visto que as autoridades informaram não terem conhecimento do tema e terem dificuldade em diferenciar aqueles que estão efetuando transporte interno (cabotagem) ou internacional, o Brasil se comprometeu a enviar a este país um dossiê com processos completos de exportação brasileira e de exportação peruana, como forma de contribuir com os esforços para alinhar as exigências entre os países.

Para o levantamento precisamos de exemplos como nota fiscal, fatura comercial, packing list, certificado de origem, CRT e MIC-DTA, preferencialmente casos com aduana em diferentes locais. E o mesmo no sentido contrário, do Peru para o Brasil.

As informações devem ser enviadas para o e-mail comunicacao@abti.org.br.

Dúvidas podem ser tiradas pelo WhatsApp: (55) 98156-0000.