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Nesta manhã, a Receita Federal do Brasil recebeu a diretora executiva da Associação, Gladys Vinci, juntamente com os responsáveis pela operação no Porto Seco Rodoviário de Uruguaiana e dos despachantes aduaneiros, para tratar sobre a atual situação do recinto alfandegado. O dia iniciou com capacidade máxima superada, sendo destes veículos, aproximadamente 90% cargas de importação que estão em processo de internalização, tendo ainda 1.100 que aguardam autorização para ingresso nos pátios das transportadoras e nos postos de combustíveis, entre outros locais. Conforme já informado, o aumento no fluxo de veículos oriundos do exterior no recinto, somado a outros gargalos que aumentaram a sua permanência, prejudicam que a exportação rode.

A Receita Federal informou que está analisando a situação para identificar o que está provocando estes entraves, contudo, já foi constatado através de um TRS feito no porto, considerando o mês de outubro, que 70% do tempo corresponde ao lapso entre a presença de cargas e o registro da DI. Incluso, foi informado que somente, no máximo, 10% do tempo para liberação é de responsabilidade exclusiva da RFB.

Na busca pela agilização do processo, foi solicitado à Argentina que mantivesse as cargas destinadas ao recinto alfandegado até as 17h e ficou acordado, emergencialmente, que em caráter de contingenciamento será realizado o seguinte procedimento em lotes a serem autorizados:

a) Os Veículos de Exportação serão liberados na fila.
b) Os veículos deverão respeitar a lista de autorizados a deslocar para fila de ingresso conforme lotes que serão liberados no grupo informativo Multilog (Procedimento normal MIC manifestado no portal etc... Solicitação de senha no Genius).
c) Os veículos autorizados se deslocam para fila com as vias do MIC/DTA Modelo da Transportadora 1° a 5° via. (Modelo Antigo)
d) Colaboradores da Multilog irão recolher os documentos na fila realizar a recepção e liberação antes do ingresso do veículo.
e) Após a liberação dos veículos no sistema SARA e Averbação no Siscomex a transportadora devera providenciar a lacração para que os veículos liberados ingressem no porto e efetivem a pesagem e escaneamento da carga.
f) Os Veículos em Canal verde só devem ingressar após ter em mãos o MIC/DTA carimbado com Via do TAS e carimbo de parametrização e após o veículo estar lacrado.

Os próximos dois dias serão de teste para analisar e identificar os gargalos existentes, buscando uma solução que apresente resultado iminente. A qualquer momento, haverá uma nova reunião para apresentação dos resultados, e se necessário, novas propostas deverão ser apontadas.

A tarde não foi tão propicia quanto se esperava, pois o sistema do Portal ficou inoperante retornando muito próximo das 18h. A ABTI continuará acompanhando a evolução até que a situação seja contornada.

A Associação Brasileira de Transportadores Internacionais relembra seus associados da realização da Assembleia Geral Ordinária que ocorrerá no dia 09 de novembro de 2021, às 8 horas, na Rua Bento Martins, 2350, em Uruguaiana/RS. Ressalta-se a importância da participação dos associados da entidade para usufruir de seu direto ao voto escolhendo os representantes que trabalharão em prol do setor de transporte nos próximos dois anos.

Visto que não será possível votar de forma virtual, caso o associado não possa comparecer no dia da assembleia, é possível nomear um procurador para representa-lo na votação. Para isso, basta entrar em contato com o setor de comunicação da entidade que encaminhará um modelo de procuração para a ocasião.

Além do relatório de atividades e a eleição, irá ser apresentado o projeto para construção da nova sede. O fechamento da eleição será realizado às 10h30min com a contagem da votação e a consolidação dos resultados.

É extremamente importante a participação de todos os associados. Compareça!

Conheça a chapa que irá para votação no próximo dia 09:

Na tarde do último sábado confirmou-se o que já estava sendo esperado, o fluxo de veículos no Porto Seco Rodoviário de Uruguaiana teve a movimentação mais alta dos últimos dez anos, uma tendência que já vinha de setembro, e em outubro representou um acréscimo de 7%.

Apesar dos 15.000 veículos que transitaram pelo porto no mês de outubro serem uma esperança para reativação da economia, há fatores que preocupam o setor de transporte. A balança tende para o lado das exportações, que representaram um pouco mais de setenta por cento do movimento total. E apesar de parecer bom este superávit para o Brasil, gerando uma balança comercial favorável já que o valor das exportações é superior ao de importações, para o transporte este descompasso traz aumentos consideráveis no seu custo operacional. Somente um quarto de sua movimentação retorna carregada, neste período aproximadamente quatro mil importações ingressaram pelo porto seco de Uruguaiana, o restante retornou vazio.

Ainda, nos últimos meses, antigos fantasmas ressurgiram. Demoras para autorizações de ingresso, maiores tempos de permanência de cargas no porto, implementação de novos sistemas com a promessa de maior agilidade, mas, novamente, usando como referência os demais modais, "greves brancas" não divulgadas abertamente, precariedade na quantidade de servidores públicos, principalmente na Vigiagro (MAPA), tanto na área vegetal quanto animal. Junto aos quinze mil veículos acumularam-se tempos, custos, atrasos...

O Porto Seco Rodoviário de Uruguaiana tem capacidade para aproximadamente 650 veículos, e assim como os demais recintos possui uma limitação física. Novembro inicia em situação crítica, assim como foi a última semana de outubro, com mais de quinhentas senhas para exportação liberadas para ingresso e duzentas vagas para o seu giro. Há mais de quatrocentas importações que aguardam liberação. E ainda, com dois dias pela frente com a possibilidade de órgãos ausentes por conta do feriadão decretado para o funcionalismo público e mais uma quarta-feira sem computador.

A Associação, como entidade representativa, tem buscado junto à concessionária, órgãos intervenientes e outros representantes do comércio exterior, encontrar efetivamente uma solução que apresente resultado iminente. Para minimizar os impactos necessita-se um compromisso de todos os operadores (embarcadores, despachantes aduaneiros e transportadores), órgãos públicos e, incluso, do governo federal para que existam todas as condições para o comércio conseguir se desenvolver. Entretanto, as informações em mãos do setor privado são escassas para apontar a razão do represamento de veículos no recinto, por isso, sugeriu-se que fosse realizado um estudo da situação para identificar as possíveis causas.