Na Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) realizará uma greve nacional neste dia 9 de maio que afetará diversos setores, entre eles o transporte, educação, saúde, comércio e serviços bancários em todo o país. Esta é a segunda medida deste tipo em cinco meses de governo de Javier Milei.

A greve ocorre por conta dos ajustes de preços e tarifas realizado recentemente. Segundo a Confederação, todos os sindicatos que a compõem aderiram à greve desta quinta. Isto inclui, entre outros, a FNTC, sindicato dos caminhoneiros.

A Federação Argentina de Entidades Empresariais do Transporte Rodoviário de Cargas (FADEEAC), se manifestando sobre o tema, afirmou que a greve é inexplicável e inoportuna.

"A medida gera grande frustração nas milhares de pequenas e médias empresas representadas pelas 43 Câmaras de Transportes que compõem a Fadeeac, que em meio a um contexto econômico muito complexo fizeram um enorme esforço para fechar um acordo conjunto acima da inflação e que sofrerão as consequências da descumprimento de seus compromissos contratuais", diz em nota.

O transporte de cargas na Argentina sofre uma queda média de 40% na atividade e acumula um aumento de custos de 297,8% nos últimos 12 meses. Apesar disso, as empresas associadas à Federação (cerca de 80% das empresas de transporte na Argentina) concordaram em enfrentar a recomposição salarial dos seus colaboradores, conforme solicitado pelo sindicato.

Em contrapartida, esta semana as empresas verão as suas operações habituais interrompidas por dois dias: na segunda-feira, quando houve uma série de assembleias de três horas que praticamente paralisaram a atividade num turno, e hoje, devido à greve nacional.