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A balança comercial do país encerrou o primeiro bimestre com exportações e superávit recordes para o período. Os destaques foram para o avanço da indústria extrativa na receita de embarques e para o declínio das vendas externas rumo à Argentina.

A balança do primeiro bimestre fechou com superávit de US$ 11,9 bilhões, ante US$ 4,9 bilhões de iguais meses de 2023, segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic). Foram US$ 50,5 bilhões em exportações, com crescimento de receita de 17,4% ante o primeiro bimestre de 2023. As importações somaram US$ 38,6 bilhões, com alta de apenas 1%.

O aumento de exportação foi puxado por petróleo, minério de ferro e soja. Somados, petróleo e minério avançaram de 18,8% do total para 26% entre o primeiro bimestre de 2023 e iguais meses deste ano. A soja avançou de 7,7% para 8,7%. Juntas, as três commodities somaram US$ 17,54 bilhões em valor exportado no acumulado de janeiro e fevereiro de 2024, 53,7% a mais que os US$ 11,42 bilhões do primeiro bimestre de 2023.

Para Gabriela Faria, economista da Tendências, o setor extrativo deve manter destaque nas exportações de 2024. Há esperado aumento de produção para o petróleo no decorrer dos próximos anos e o minério de ferro, lembra ela, também conta com planos de expansão de produção doméstica nas regiões do Pará e de Minas Gerais. O aumento de produção, diz, deve sustentar a exportação.

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Ela ressalta que tanto petróleo quanto minério de ferro tiveram aumento da quantidade embarcada no início deste ano. O volume exportado de petróleo e minério de ferro subiu 75,9% e 20,4%, respectivamente, no primeiro bimestre deste ano em relação a iguais meses de 2023.

Já a soja, diz Faria, veio com "resultado forte e peso relevante" em fevereiro, também puxado pela quantidade. "O grão neste ano deve ter safra importante, a segunda maior da série histórica, atrás apenas da do ano passado." Diferentemente de 2023, porém, avalia, a soja brasileira deverá sofrer concorrência do grão produzido em solo argentino e americano.

José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), diz que a maior oferta do grão em 2024 deverá afetar preços. "Como a expectativa é que os preços caiam, há antecipação dos embarques de soja", diz. Segundo dados da Secex, a receita de exportação de soja no primeiro bimestre foi de US$ 4,39 bilhões, 32,6% a mais que em iguais meses de 2023. A alta de volume embarcado do grão foi de 61,6%, mas com queda de 17,9% nos preços médios.

Lucas Barbosa, economista da AZ Quest destaca que as principais commodities mostram comportamento em sequência de 2023, com aumento de volume, embora com evolução heterogênea de preços, com queda na soja, e alta no minério de ferro. Segundo a Secex, o volume total embarcado pelo país no primeiro bimestre subiu 20,6% contra igual período de 2023 enquanto os preços caíram 2,8%.

"Em termos de parceiros comerciais, a Argentina aparece como destaque negativo", diz Rogério Mori, economista da Davos Investimentos. Os dados da Secex mostram que os embarques aos argentinos caíram 28% no primeiro bimestre contra iguais meses de 2023. A Argentina ficou no acumulado de janeiro e fevereiro com a menor fatia - de 3,4% - da exportação brasileira para o primeiro bimestre de toda série histórica desde 1997. As importações brasileiras de produtos argentinos também caíram, em 14,3%. Os resultados do comércio bilateral, diz Castro, da AEB, são reflexo da baixa demanda argentina e também das medidas de contenção de importações pelo país vizinho.

Considerando o desembolso com importações, a balança registrou no mês passado a primeira elevação (2,4%) desde março de 2023, nas comparações contra igual período do ano anterior. Um dos destaques, segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior da Secex, Herlon Brandão, foi o crescimento dos desembarques de bens intermediários, sinalizando maior apetite da indústria em fevereiro por insumos.

Faria, da Tendências, destaca que as importações tiveram influência de declínio de preços, que caíram 11,5%, e de aumento de volume, com alta de 13,2%, sempre considerando o primeiro bimestre deste ano contra igual período de 2023. Ela lembra que os preços já caíram no ano passado, com a correção da alta experimentada anteriormente em decorrência dos choques que vieram da pandemia de covid-19. "Os fretes voltaram a apresentar riscos ao fim do ano passado, com o conflito no Oriente Médio, mas o que se espera para este ano ainda é a redução de preços de importação." Ao mesmo tempo, diz, o volume de desembarques deve subir, como reflexo do crescimento do PIB, ainda que em desaceleração em relação a 2023.

A Tendências projeta superávit de US$ 85 bilhões para 2024. A AZ Quest espera saldo entre US$ 85 bilhões e US$ 90 bilhões. A projeção da AEB é de US$ 92,7 bilhões.

Fonte: Valor Econômico

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