
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, nesta quarta-feira (25), elevar, a partir de 1º de agosto, o percentual de mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15%.
As medidas visam a auxiliar o país a enfrentar possíveis altas no preço do petróleo em razão do conflito militar entre Irã e Israel.
Sancionada em outubro de 2024, a Lei Combustível do Futuro estabelece que a parcela de biodiesel varie de 13% a 25%. No entanto, a adição é obrigatória desde 2008, como política nacional para reduzir o nível de poluição do transporte de cargas. Em fevereiro a taxa de 14% havia sido mantida para conter a inflação de alimentos.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), contudo, é crítica à política, pois o biodiesel de base éster, compulsoriamente misturado ao óleo diesel brasileiro, vem gerando problemas nos veículos da frota nacional como formação de borra no tanque e entupimento de bicos injetores, além de comprometimento da potência do veículo e diminuição da vida útil das peças. A CNT defende o diesel verde como opção de baixo carbono e sem impacto negativo na frota para o transporte.
Atenta à demanda de empresários do transporte rodoviário de cargas e passageiros, a Entidade também elaborou um guia sobre como as empresas devem relatar ao governo problemas enfrentados durante a atividade, em especial, falhas mecânicas relacionadas ao uso do biodiesel.