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A formação de longas filas de ingresso em portos secos nas fronteiras brasileiras é uma realidade recorrente para quem atua no transporte internacional de cargas. No entanto, suas causas e impactos sobre a fluidez das operações ainda precisam ser melhor compreendidos e esclarecidos.

Nos últimos dias, passamos por mais um período em que o Porto Seco de Uruguaiana operou em seu limite, e a ABTI esteve focada em lidar com o problema e buscar soluções conjuntas junto dos diversos intervenientes. Passado este momento de ação, é oportuno refletir sobre o ocorrido, avaliar suas causas e pensar em meios de evitar recorrências.

Um primeiro aspecto essencial é a questão da responsabilidade. Embora ações mitigadoras possam ser demandadas/implementadas por órgãos públicos, concessionárias e entidades privadas, a redução efetiva das filas não depende exclusivamente desses atores. A própria dinâmica da atividade logística internacional envolve desafios operacionais que influenciam diretamente a fluidez dos processos.

Como já destacado pela ABTI em outras ocasiões, especialmente no contexto das importações, há múltiplos fatores que impactam o andamento das operações. Mesmo cargas cuja Declaração de Importação (DI) é parametrizada em canal verde — ou seja, não demandam inspeção — permanecem longos períodos nos recintos, muitas vezes por pendências administrativas que poderiam ser resolvidas com maior celeridade. Esse tipo de retenção compromete o uso eficiente do espaço, retarda a movimentação de outras cargas e, inevitavelmente, afeta também as exportações.

Diante desse cenário, surgem propostas recorrentes como a ampliação da infraestrutura física dos portos secos ou o aumento do número de funcionários. No entanto, o verdadeiro gargalo está no tempo de resposta e na capacidade de articulação dos operadores do setor privado para cumprir suas etapas no processo logístico.

Tomando como exemplo a situação em Uruguaiana, informações da Receita Federal indicam que a maioria das cargas retidas enfrenta atrasos em procedimentos como o registro do LPCO, a apresentação de documentos fiscais e o cumprimento de exigências de ICMS, entre outros, o que demonstra falhas na organização e na comunicação entre os envolvidos.

Frente a essa realidade, também há a discussão de propostas como a implementação de garantias aduaneiras para acelerar os trâmites nas fronteiras. No entanto, nenhuma dessas soluções parecem abordam a raiz do problema: o não cumprimento, por parte de alguns operadores, das suas obrigações dentro do ciclo logístico.

A resposta passa por maior comprometimento, transparência e diálogo entre importadores, despachantes e transportadores. Cada elo dessa cadeia precisa compreender seu papel e a urgência de uma atuação integrada para garantir agilidade nas fronteiras. A eficiência não será alcançada apenas com melhorias estruturais, mas sim com o fortalecimento da responsabilidade compartilhada e do cumprimento rigoroso dos procedimentos.

Nesse contexto, a atuação ética também merece destaque. Ações como furar filas ou guardar lugar para outros veículos comprometem o coletivo e vão na contramão dos princípios que devem nortear o setor. Cabe aos transportadores, em especial, solicitar a cooperação ativa dos despachantes e importadores, reforçando boas práticas e defendendo a importância de manter o caminhão em movimento, uma responsabilidade de toda a cadeia logística. Somente com engajamento, comunicação eficiente e respeito mútuo será possível superar os entraves operacionais.

R. dos Andradas, 1995 - Santo Antônio
Uruguaiana - RS - Brasil
Cep: 97502-360
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