
Nesta semana, nos dias 5 e 6 de dezembro, ocorrerá a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai. O evento marca o encerramento da presidência pro tempore do Uruguai e sua transferência para a Argentina. A Bolívia participa pela primeira vez como membro pleno do bloco, após oficializar a sua adesão em agosto deste ano.
O ministro de Relações Exteriores do Uruguai destacou como foco do encontro a discussão para melhorar a agenda externa do bloco e as negociações para o acordo de livre comércio com a União Europeia.
No lado brasileiro, o Itamaraty ressaltou os avanços possíveis com a inclusão boliviana, que faz com que o bloco agora abranja 73% do território da América do Sul e represente cerca de 65% da população da região.
Outro ponto da Cúpula de presidentes será a integração oficial do Panamá como Estado Associado, tornando-se o primeiro país da América Central a ingressar no grupo. O país assinará três acordos: o Acordo de Complementação Econômica 76 (ACE-76), o Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático e a Declaração Presidencial sobre Compromisso Democrático.
Segundo a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe, a integração econômica segue como prioridade. As trocas comerciais intra-Mercosul aumentaram exponencialmente nos últimos 33 anos, saltando de R$ 4,5 bilhões para R$ 49 bilhões. Em 2023, o Brasil exportou R$ 23,5 bilhões para os países do bloco, mas o superávit caiu devido à retração das exportações para a Argentina. Ainda assim, completou a secretária, o comércio intrarregional é valorizado por seu alto valor agregado: 82% dos produtos exportados são manufaturados ou semimanufaturados, gerando empregos e renda.
BALANÇA COMERCIAL — De janeiro a outubro de 2024, o intercâmbio entre os países do Mercosul foi de US$ 32,5 bilhões. As exportações brasileiras alcançaram US$ 16,5 bilhões e as importações, US$ 16 bilhões, um superávit de US$ 537,8 milhões. A pauta de importações brasileiras é baseada, em grande parte, em veículos automotores para transporte de mercadorias e de passageiros, trigo e centeio não moídos e energia elétrica. O Brasil exporta majoritariamente para o Mercosul veículos de passageiros e mercadorias, partes e acessórios desses veículos, demais produtos da indústria de transformação, minério de ferro, entre outros.





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