Encerrando a divulgação das pautas propostas pela ABTI à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), organismo brasileiro responsável pela aplicação do ATIT, para inclusão na Reunião Bilateral Brasil/Argentina que ocorrerá neste mês, abordamos as demandas referentes à otimização do transporte de produtos perigosos e cargas especiais.
Produtos Perigosos
A complexidade por conta de várias especificidades e especificações no transporte de produtos perigosos dá espaço a exigências e interpretação da norma que não necessariamente atendem às disposições internacionais. É o caso, por exemplo, do controle de existência de tacógrafos previsto no artigo 6º do Anexo I do Decreto nº 1.797/1996.
Art. 6º Para o transporte de produtos perigosos a granel os veículos deverão estar equipados com registrador gráfico, ficando os registros à disposição do expedidor, do contratante, do destinatário e das autoridades com jurisdição sobre as vias, durante três meses, salvo no caso de acidente, hipótese em que serão conservados por um ano.
A fiscalização argentina está exigindo indevidamente não somente os registros impressos dos últimos dias prévios à verificação, falando em mal funcionamento do equipamento, quanto está sendo demandado no transporte de produtos perigosos fracionados (produtos acondicionados em embalagens). Mais uma vez, a fiscalização está extrapolando o que está revisto nos acordos internacionais.
Cargas especiais e anuência RENPRE
Para a consideração das autoridades durante a Bilateral, a ABTI busca que sejam tratados problemas relacionados a alguns órgãos anuentes e/ou intervenientes nas operações de comércio exterior, especificamente no transporte rodoviário internacional de cargas. Entre eles estão os permissos de trânsito para cargas especiais obtidos junto a Vialidad Nacional, destacando-se os seguintes temas:
Quanto às anuências junto ao Registro Nacional de Precursores Químicos (RENPRE), destacam-se os problemas relativos ao procedimento da outorga do permisso:
A ABTI está e continuará empenhada na resolução dessas questões e daquelas apresentadas anteriormente, buscando avanço e isonomia no transporte terrestre internacional, garantindo que os transportadores possam operar de forma justa, segura e eficiente.
Após a informação repassada ontem por transportadora associada sobre uma tentativa de roubo de cargas ocorrida dentro do Complexo Terminal de Cargas (Cotecar), em Paso de Los Libres, Argentina, que causou prejuízos a diversos veículos, a ABTI enviou ofícios às autoridades solicitando ações imediatas para melhorar a segurança do pátio alfandegado.
As demandas foram dirigidas aos responsáveis pelo Cotecar e à Direção Nacional de Assuntos Técnicos de Fronteira da Argentina. O ocorrido que motivou a comunicação ocorreu na noite de terça-feira, e, além dos veículos da transportadora associada, diversos outros caminhões sider que aguardavam por liberação tiveram suas lonas danificadas e abertas comprometendo a integridade das cargas e prejudicando os transportadores.
A situação é preocupante pois nenhuma autoridade assume a responsabilidade pela segurança do pátio em casos como este, nem o Centro de Frontera, que cobra pelo estacionamento, nem a Gendarmeria Nacional, deixando os transportadores sem o suporte necessário.
Medidas eficazes, que tragam solução para a falta de segurança no recinto, são essenciais para os usuários e para a fluxo das cargas.
A Associação espera ainda que as informações divulgadas sobre a possível concessão do Cotecar possam avançar de maneira produtiva e se concretizem levando em conta as atuais dificuldades evidenciadas no local.
A ABTI expressa sua preocupação e indignação com recentes incidentes relacionados à falta de segurança no Complexo Terminal de Cargas (Cotecar), em Paso de Los Libres, Provincia de Corrientes, Argentina. Ontem a noite, dois caminhões de transportadora associada, juntamente com veículos de outras transportadoras, tiveram suas lonas cortadas numa tentativa de roubo de cargas enquanto aguardavam liberação dentro do pátio alfandegado.
Esta não é a primeira vez que se enfrenta esse tipo de problema nas instalações do recinto. A situação é preocupante. Nenhuma autoridade assume a responsabilidade pela segurança. Nem o Centro de Frontera, que cobra pelo estacionamento, e nem Gendarmeria Nacional que está lá de forma permanente. Essa falta de cuidado agrava mais a situação dos transportadores, que ficam sem suporte necessário e arcando com os prejuízos ocasionados.
É essencial que as autoridades competentes tomem medidas para garantir a segurança no recinto e responsabilizem-se pelos prejuízos causados aos transportadores e as cargas. A ABTI reitera a importância de um tratamento justo e seguro para os profissionais que utilizam essas instalações, garantindo o fluxo do comércio exterior.