Dois sindicatos de azeiteiros da Argentina iniciaram na terça-feira (6) uma paralisação que afeta os terminais portuários no norte de Rosário, e deve continuar por "tempo indeterminado". A estimativa até o momento é que a mobilização já tenha impedido a movimentação de cerca de 5 mil caminhões, dificultando a logística da exportação de grãos do país.
Os sindicatos exigem um aumento salarial de 25%. Neste cenário, rejeitam a reforma trabalhista e a restituição do Imposto de Renda aprovada pelo governo.
As empresas agrupadas na Câmara da Indústria do Petróleo e no Centro Exportador de Cereais (Ciara-CEC) ofereceram um aumento de 12% e depois acrescentariam mais 5% aos salários, mas afirmam que os líderes sindicais não querem retomar as negociações.
Num comunicado da Ciara-CEC, os dirigentes exportadores afirmaram que, neste protesto, "milhares de transportadores perderam dias de trabalho e o país perde credibilidade como fornecedor de alimentos face a estas medidas insensatas".
Fonte: Infobae
A ABTI informa aos associados que o aumento das cotas de transporte ao Peru será aplicado em breve, seguindo o novo limite proposto de 120 mil toneladas, aceito oficialmente pelo Brasil nesta quarta-feira (7).
O acordo representa um aumento de 45 mil toneladas comparado ao limite atual (de 75 mil toneladas), o que permitirá o avanço na fila de transportadoras à espera de habilitação que se forma uma vez atingida a tonelagem máxima.
Porém, com o incremento nos 'cupos', haverá uma revisão da frota habilitada ao Peru e as transportadoras que possuam operações pendentes relativas à sua frota devem resolvê-las com celeridade, pois veículos que não estejam em conformidade com as exigências legais brasileiras perderão a cota.
Fiquem atentos às atualizações e garantam que suas operações estejam regularizadas. A ABTI se mantém à disposição para maiores orientações. Entre em contato:
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A ABTI acompanhou nesta terça-feira (6/8) a apresentação dos resultados finais do projeto Gestão Coordenada de Fronteiras do Mercosul, realizada em Buenos Aires, na Argentina, pelo Instituto Procomex, entidade executora do estudo.
Financiado pelo Banco Mundial a pedido do Comitê Técnico nº 2 (CT-2) do Mercosul, o projeto, iniciado este ano, foi desenvolvido ao longo de 5 meses para avaliar o estado atual da cooperação e qualidade dos processos em 10 pontos fronteiriços do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai; identificando gargalos e desenvolvendo sugestões para implementação de melhorias efetivas que facilitem o comércio exterior.
Como detalhado pelas consultoras do Procomex Erika Medina e Antonella Lanfranconi, responsáveis pela apresentação, o estudo utilizou a metodologia Procomex Process, que busca incentivar a participação e compromisso das partes envolvida no processo para criar diagnósticos e propostas consensuadas de solução. Isto foi feito ao longo de 52 reuniões (14 presenciais e 38 online), com mais de 800 participantes de diferentes setores envolvidos para mapeamento dos processos.
As 10 seguintes fronteiras foram mapeadas:
Mapeamento presencial
Mapeamento online
O resultado final dos mapeamentos aponta para 274 desafios e oportunidade de melhorias e 347 ações vinculadas às propostas de solução desenvolvidas.
Ao longo das 10 fronteiras, foram são 161 desafios e 206 ações necessárias. Cada fronteira possui necessidades específicas, mas há pontos de contato como integração efetiva dos processos entre os órgãos e países e melhora dos processos de gestão.
Entre os países, o Brasil possui o maior número de desafios (37) e o Uruguai o maior número de ações a serem aplicadas (32). Entre os pontos em comum nos 4 países estão a digitalização (documentação eletrônica, assinatura digital); integração de sistemas; e revisão e estandardização de procedimentos.
A nível Mercosul, destacou-se a necessidade de harmonização de entendimento sobre a tara, ampliação dos benefícios OEA, desenvolvimento de um sistema unificado de migrações para transportadores e eliminação do uso de documentos em papel. Também foi recomendada a implantação de Indicadores de Desempenho nas Fronteiras, como o Time Release Study, Indicador de Desempenho Logístico do Banco Mundial e Mecanismo de Medição de Desempenho da OMA.
Como conclusão, o sr. John Mein, coordenador executivo do Procomex, ressaltou a importância da cooperação entre setor público e privado, com criação de grupos de trabalho nos pontos de fronteira para gerir a implementação das ações sugeridas e de melhoria da infraestrutura em conjunto com modernização dos processos. Mein ainda agradeceu o emprenho do sr. Adilson Valente, coordenador do CT-2, em efetivar este estudo, e a todos os participantes.
Além do relatório completo, os resultados estarão disponíveis para consulta de forma resumida através de plataforma desenvolvida por meio de Power BI. O estudo completo será primeiramente encaminhado pelas autoridades do Banco Mundial e do CT-2 à presidência pro-tempore do Mercosul, sob responsabilidade do Uruguai, para que, dentro de algumas semanas, seja divulgado oficialmente a todos os órgãos públicos e membros do setor privado interessados.
Confira a gravação completa aqui
A apresentação de slides pode ser acessada aqui